sexta-feira, 4 de abril de 2014

Competência emocional

A partir dos anos 80 foram desenvolvidos estudos e descobertas a respeito das várias inteligências existentes. A teoria das Inteligências Múltiplas foi desenvolvida pelo psicólogo americano Howard Gardner em 1985 e identificou as inteligências: linguística, lógico-matemática, espacial, musical, cinestésica, interpessoal e intrapessoal. E após estudos, em 1996 o Dr. Gardner identificou a inteligência naturalística. 

INTELIGÊNCIA EMOCIONAL

Em 1996 no livro Inteligência Emocional, o psicólogo americano Daniel Goleman a partir de pesquisa científica, afirma que o controle das emoções contribui de forma essencial para o desenvolvimento da inteligência do indivíduo e revela de que modo a incapacidade de lidar com as próprias emoções pode dificultar ou até destruir nossas vidas.

O autor ressalta que a crise que a humanidade vive hoje, com aumento da criminalidade, violência e infelicidade é o reflexo de uma cultura que se preocupou apenas com o intelecto, esquecendo o lado emocional.

As pressões econômico-sociais do mundo contemporâneo exigem maior cooperação e envolvimento entre as pessoas, consequentemente o mercado de trabalho está cada vez mais competitivo e individualista e o individualismo exacerbado acarreta competitividade acirrada que gera estresse, ansiedade, ira, isolamento e desintegração da vida em comunidade. 

Com o aumento da demanda de qualidade e produtividade, os profissionais necessitam ser inteligentes emocionalmente e criativos, com ideias inovadoras, viáveis e produtivas, visão prospectiva e maturidade para negociar conflitos e interesses, ou seja, a nova configuração do mercado de trabalho necessita de profissionais que apresentem uma inteligência emocional bem apurada e evidenciada.

INTELIGÊNCIA EMOCIONAL E AS LIDERANÇAS

Essa é uma competência necessária a todos os níveis hierárquicos, mas especialmente exigida dos níveis hierárquicos que lidam diretamente com gerenciamento de equipes. Dirigir pessoas exige capacidade de compreendê-las e respeitá-las e isso só é possível se quem lidera for inteligente emocionalmente. 

Podemos definir inteligência como uma competência que os profissionais devem apresentar para adaptar-se as diferentes situações e também modificá-las. Inteligência é equivalente à comportamento, ou seja, participação, iniciativa, empatia, vontade de assumir riscos, agilidade na adaptação a novas situações, capacidade de comunicação, percepção da relação custo-benefício e especialmente foco em resultados. A capacidade de raciocínio precisa estar aliada a boa sensibilidade, ao senso crítico e flexibilidade.

O LÍDER FACILITADOR

A qualidade do sucesso na liderança depende da qualidade das habilidades de comunicação e relação durante o processo comunicativo. É importante expressar nossos posicionamentos e objetivos com clareza, gerando uma atmosfera de confiança, com habilidade para influenciar nosso interlocutor.

Reconhecer sinais verbais e não-verbais, distinguir entonação da voz, conhecer estratégias e modelos de negociação, utilizar a criatividade para a solução de problemas. Assim como as organizações devem adaptar-se às mudanças, é preciso criar condições para que os colaboradores sejam inteligentes emocionalmente.

Isto é possível através do desenvolvimento do controle emocional das pessoas, análise de perfil pessoal, capacitação dos líderes de se autogerenciar e gerenciar os outros, investir em cursos comportamentais, formas de integração de equipe e proporcionar a transparência na comunicação.

ORGANIZAÇÕES x RECURSOS HUMANOS

A importância dos relacionamentos para tornar as carreiras mais dinâmicas e promover o crescimento dos negócios centra-se na filosofia orientadora da empresa.

As informações precisam ser compartilhadas por todos os que desejam "sentir o que a empresa sente". E para que isso ocorra é necessário que o processo de comunicação seja perfeito, dessa forma se faz necessário que as empresas conscientizem-se da importância das áreas dos Recursos Humanos para desenvolverem seus colaboradores, seus gestores e que o processo de comunicação seja eficaz e verdadeiro para que os colaboradores sintam-se partes do negócio e das estratégias organizacionais, ou seja, permitir e promover o envolvimento.


INTELIGÊNCIA EMOCIONAL X MERCADO DE TRABALHO

Não só os líderes de equipes devem estar atentos ao desenvolvimento de sua inteligência emocional, enfim todos os profissionais precisam apresentar essa competência bem apurada e desenvolvida para manter-se no mercado de trabalho, ou seja, essa é uma competência essencial para sua empregabilidade.

Inteligência emocional interfere na motivação, nas relações interpessoais, no trabalho em equipe, nos resultados organizacionais, nas comunicações eficazes, nas metas estabelecidas e na concisão das equipes.

Entretanto, os líderes de pessoas que encontram-se no mercado de trabalho, devem estar plenamente conscientes que a inteligência emocional será uma competência determinante para sua recolocação e consequentemente sucesso profissional, uma vez que a inteligência emocional será o diferencial frente aos concorrentes no mercado de trabalho.

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