É bem provável que você também já esteja se planejando.
Separando a roupa para a virada do ano e montando o cardápio da ceia, além das pedidos que todos compartilharão para aguardar tanta coisa... Saúde, amor, paz,
felicidades, sucesso, dinheiro, amizades sinceras, sorrisos largos, lágrimas de
alegria. Os planos são muitos e todos estão apenas esperando o ano virar
para começar uma nova vida.
Mas para quem pretende fazer de 2014 um ano de grandes
realizações, o ano novo já chegou. As conquistas que marcarão os 12 meses
vindouros serão resultado de muita dedicação e do planejamento que fazemos
hoje.
Trabalhamos tanto sobre a Missão, Visão e Valores
empresariais, compartilhamos as melhores práticas empresariais e discutimos o
planejamento estratégico corporativo em reuniões primordiais com as diversas
áreas de nossas empresas.
Tudo isso faz parte do trabalho constante de reavaliar e
reavivar os motores do trabalho diário que se refletem nos princípios
organizacionais (MVV). Mas, repare! Quando o assunto é a nossa própria
carreira, costumamos especular mais sobre as oportunidades que a empresa talvez
nos ofertará do que planejar nossas ações. Em alguns casos, no máximo nos
permitimos acreditar que “fazer uma pós-graduação” resume nosso plano de
desenvolvimento para o ano nascente.
Adquirir conhecimento é, sim, parte do plano de desenvolvimento, mas está atrelado a um dos seus passos iniciais. Precisamos pensar em tantos outros fatores fundamentais para fazer do conhecimento um caminho fortuito e libertador.
Pergunte-se mais como fará para ser um ouvinte melhor, para
desenvolver suas habilidades de liderança. Avalie quanto tempo dedicará a
revisar suas atitudes em busca de comportamentos que queira mudar, procurando
também os momentos em que, sem grande esforço, você foi capaz de inspirar as
pessoas a trabalharem melhor ao seu lado neste ano que se passou.
Eu sei, é difícil fazer uma auto-análise dos comportamentos
que tivemos lá em janeiro. Por isso o planejamento é de extrema importância.
Sem ele, não temos indicadores mensuráveis, e assim, deixamos de anotar,
avaliar e transformar atitudes.
Entre os amortecedores que construímos para evitar perguntar
aos outros sobre nossas qualidades e oportunidades de desenvolvimento está a
alegação de que isso é um tanto quanto constrangedor.
Bom, se nós, brasileiros,
mal sabemos receber elogios sem sentir um desconcerto, quem dirá se permitir
ouvir o outro a lhe dizer suas possíveis falhas...
Outra alegação comum dirá que pouco vale planejar, se nada do
que pensamos acontece. Não direi que este é um posicionamento pessimista, ainda
mais sabendo que de fato muito do que planejamos não ocorrerá. A isso, costumo
lembra que por mais que o planejamento mostre alguns objetivos claros, nem
sempre chegar ao ponto final é o maior sucesso, mas sim o trajeto de
desenvolvimento é que enriquece culturalmente o profissional (e como não,
o sujeito como um todo).
E claro que nosso planejamento está fadado a ser alterado, já
que não somos capazes de prever os movimentos que nos influenciarão durante um longo
ano, e se dificilmente conseguimos aprofundar esta percepção enquanto membros
de grandes empresas, quem dirá como indivíduos. Assim, estar aberto a
transformar o planejamento em comportamento vivo é, em si, um dos maiores
desafios para quem quer, de fato, fazer parte da transformação de suas
condições de trabalho e de vida.
Para encerrar, tenha claro que você não é uma máquina. Você
precisará, com certeza, ter momentos de lazer sozinho(a), com amigos, com a
família. Bem, você escolhe. Mas não diga que passará um ano de sacrifícios,
pois mesmo estando em um mercado competitivo, dificilmente você encontrará
pessoas que lhe aplaudirão ao perceberem que seus resultados são decorrentes de
um sofrimento insustentável.
Em resumo, comece a fazer um ano novo desde já. Planeje,
execute, mude o que for preciso e seja, a cada nova oportunidade, uma pessoa
maior e um profissional melhor. No mais, como o fim do ano bem inspira, seja
sempre feliz.
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