quinta-feira, 3 de outubro de 2013

DR corporativa: Você já teve?

Vivemos mais tempo de nossas vidas trabalhando e convivendo com pessoas completamente diversas dentro de equipes do que com nossa família. Se na vida pessoal, muitas vezes, driblar as brigas e discussões já é difícil, imagina dentro do ambiente corporativo.

É possível observar que muitas pessoas mudam o comportamento quando entram nas empresas, talvez, por sobrevivência ou por dissimulação, mesmo. Mas o que fazer quando se chega no momento de uma DR (discussão de relação) corporativa?

Certas situações como briga por status, defesa de equipe, realocação de budget e aprovação de projetos são motivos suficientes para despertar as diferenças dentre colegas de trabalho, ainda mais se as pessoas não souberem ter inteligência emocional para separar o pessoal do profissional.

Para Fátima Jinnyat, especialista em gestão de pessoas, não somos seres neutros, aquilo que é neutro não envia mensagem, e uma DR pressupõe influência sobre o outro, diferente de poder sobre o outro.

“DR é sempre uma conciliação, um caminho de chegar junto. Separar os fatos das pessoas funciona bem teoricamente, mas na prática nem sempre é assim que acontece. Autocontrole ajuda muito e só funciona para alguém com disposição para ser um  bom observador de si mesmo. Envolve o reconhecimento e gerenciamento das emoções e não sua negação”, explica Fátima.

É fundamental encarar os fatos geradores da crise destacando – objetivo e subjetivo - do presente, “é necessário manter a serenidade e sem “desenterrar esqueletos”, pois aí conversa pode virar um terror”, enfatiza a especialista. Além disso, é imprescindível saber tratar de assuntos delicados e que envolvem nosso relacionamento com os outros.
“Procurar culpados não resolve o problema, pelo contrário, agrava-o e aí caímos na cilada de uma conversa que chamo de defesa/ataque onde os dois lados trocam farpas em uma discussão de surdos”, conta a professora.

 

Como evitar desgaste de energia durante a DR?


Como diz a letra famosa da banda popular O Rappa, “se não faltasse trabalho, no meio do barulho, o dia sobra e sobra muito, papo de surdo e mudo”, devemos simplificar a vida e a convivência destacando em uma conversa somente o necessário, ganhando tempo para pautas relevantes que, com certeza, contribuirão para os objetivos da empresa.
“Prestar atenção nas consequências de nossas atitudes ajuda a minimizar conflitos com os outros, além de tentar entendê-los sob novos prismas”, conclui Fátima.

 

Para uma DR Corporativa positiva a especialista dá as seguintes dicas:


- Escolha o melhor momento para a DR, seu e do outro. Sinta o clima, o local e sua real predisposição;
- Separe as pessoas do problema. Antes e individualmente faça uma análise retroativa e veja o que deu errado; muitas vezes percebemos preconceitos, rótulos, diferenças pessoais;
- Seja franco e objetivo, sem perder “a ternura”. Firmeza é diferente de autoritarismo, cuide das palavras: “eu quero” é diferente de “eu sugiro”;
- Postura corporal receptiva é fundamental. Braços cruzados e cara fechada serão reconhecidos como ameaça, muitos vezes, de modo inconsciente;
- Seja coerente. O cérebro capta quando não estamos sendo sinceros através de um grupo de neurônios chamado de neurônios-espelho. Recentes descobertas da neurociência atestam que copiamos os estados emocionais do outro, onde reina o que for mais genuíno.

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