Vivemos mais tempo de
nossas vidas trabalhando e convivendo com pessoas completamente diversas dentro
de equipes do que com nossa família. Se na vida pessoal, muitas vezes, driblar
as brigas e discussões já é difícil, imagina dentro do ambiente corporativo.
É possível observar que muitas pessoas mudam o comportamento quando entram nas empresas, talvez, por sobrevivência ou por dissimulação, mesmo. Mas o que fazer quando se chega no momento de uma DR (discussão de relação) corporativa?
É possível observar que muitas pessoas mudam o comportamento quando entram nas empresas, talvez, por sobrevivência ou por dissimulação, mesmo. Mas o que fazer quando se chega no momento de uma DR (discussão de relação) corporativa?
Certas situações como briga por status,
defesa de equipe, realocação de budget e aprovação de projetos são motivos
suficientes para despertar as diferenças dentre colegas de trabalho, ainda mais
se as pessoas não souberem ter inteligência emocional para separar o pessoal do
profissional.
Para Fátima Jinnyat, especialista em
gestão de pessoas,
não somos seres neutros, aquilo que é neutro não envia mensagem, e uma DR
pressupõe influência sobre o outro, diferente de poder sobre o outro.
“DR é sempre uma conciliação, um caminho
de chegar junto. Separar os fatos das pessoas funciona bem teoricamente, mas na
prática nem sempre é assim que acontece. Autocontrole ajuda muito e só funciona
para alguém com disposição para ser um bom observador de si mesmo. Envolve
o reconhecimento e gerenciamento das emoções e não sua negação”, explica
Fátima.
É fundamental encarar os fatos geradores
da crise destacando – objetivo e subjetivo - do presente, “é necessário manter
a serenidade e sem “desenterrar esqueletos”, pois aí conversa pode virar um
terror”, enfatiza a especialista. Além disso, é imprescindível saber tratar de
assuntos delicados e que envolvem nosso relacionamento com os outros.
“Procurar culpados não resolve o problema,
pelo contrário, agrava-o e aí caímos na cilada de uma conversa que chamo de
defesa/ataque onde os dois lados trocam farpas em uma discussão de surdos”,
conta a professora.
Como evitar desgaste de energia durante a DR?
Como diz a letra famosa da banda popular O
Rappa, “se não faltasse trabalho, no meio do barulho, o dia sobra e sobra
muito, papo de surdo e mudo”, devemos simplificar a vida e a convivência
destacando em uma conversa somente o necessário, ganhando tempo para pautas
relevantes que, com certeza, contribuirão para os objetivos da empresa.
“Prestar atenção nas consequências de
nossas atitudes ajuda a minimizar conflitos com os outros, além de tentar
entendê-los sob novos prismas”, conclui Fátima.
Para uma DR Corporativa
positiva a especialista dá as seguintes dicas:
- Escolha o melhor momento para a DR, seu
e do outro. Sinta o clima, o local e sua real predisposição;
- Separe as pessoas do problema. Antes e
individualmente faça uma análise retroativa e veja o que deu errado; muitas
vezes percebemos preconceitos, rótulos, diferenças pessoais;
- Seja franco e objetivo, sem perder “a
ternura”. Firmeza é diferente de autoritarismo, cuide das palavras: “eu quero”
é diferente de “eu sugiro”;
- Postura corporal receptiva é
fundamental. Braços cruzados e cara fechada serão reconhecidos como ameaça, muitos
vezes, de modo inconsciente;
- Seja coerente. O cérebro capta quando
não estamos sendo sinceros através de um grupo de neurônios chamado de
neurônios-espelho. Recentes descobertas da neurociência atestam que copiamos os
estados emocionais do outro, onde reina o que for mais genuíno.
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