Quando comecei a trabalhar com aprendizado e desenvolvimento, ouvi uma frase, que, para mim, já fazia muito sentido: " As empresas contratam uma pessoa por sua competência técnica (Currículo) e demitem por falta de competência comportamental (Personalidade)".
A partir daí, fui descobrindo, aos poucos, onde mora o
verdadeiro diferencial de um profissional.
- Em sua própria personalidade.
- Na capacidade de conviver com outras pessoas.
- Na generosidade necessária para, além de ter boas
ideias, compartilhá-las.
- Em seu potencial de ser um agente criador de um bom
clima naquele ambiente que, antes de ser ambiente de trabalho, é ambiente de
convivência.
E nós, como profissionais de desenvolvimento, podemos
sim, proporcionar treinamentos para melhorar a criatividade, o trabalho em
equipe, o relacionamento interpessoal, mas não podemos gerar aquela palavra
mágica, que é o combustível necessário para colocar qualquer uma dessas
habilidades em prática:
VONTADE!
Sem ela, nada feito.
Nem o melhor treinamento, nem a palestra “mais
motivacional” do mundo, nem algo totalmente inovador será capaz de fazer surtir
algum efeito.
Aqui sim faz todo sentido a máxima:
QUERER É PODER!
QUERER É PODER!
Querer é mais que poder, é dar um jeito, é descobrir
uma forma, é criar uma estratégia.
A vontade sim é o verdadeiro diferencial de quem cresce, de quem se
aprimora, de quem tem sucesso.
Quem não sabe, mas tem vontade, vai lá, aprende e coloca em prática.
Quem sabe, mas não tem vontade, ainda não sabe.
Não basta ter um bom currículo. É preciso querer fazer a diferença.
Não basta saber. É preciso querer fazer.
Não basta ser criativo. É preciso querer mudar o mundo.
Não basta ser bom. É preciso querer ser melhor a cada dia.
Aí fica a pergunta: Por que queremos o que queremos?
Lembro que minha mãe ficava muito irritada, quando eu
era criança e ela me perguntava: Mas por que você quer isso?
E eu respondia: -Eu quero porque eu quero, ué!
Se você tem filhos pequenos, não duvido que já tenha
ouvido essa resposta!
Hoje, eu não teria, ainda, uma resposta melhor, mas
para essa característica de “quero porque eu quero”, já temos um nome muito
mais bonito: “Personalidade autotélica”, um conceito explicado, na psicologia
positiva, por Mihály Csíkszentmihályi.
Ele diz “Pessoas que possuem essa característica em
sua personalidade não se sentem ameaçadas ou seduzidas por recompensas
externas. Ao mesmo tempo se envolvem mais com tudo ao seu redor porque estão
totalmente imersas na corrente da vida”.
Estas pessoas cheias de vontade possuem alguns pontos
em comum:
• Envolvimento;
• Entusiasmo;
• Engajamento;
• Sentimento de pertencer;
• Ambição;
• Presença;
• Motivação intrínseca.
Mas, principalmente, a sensação que fazer o que queremos fazer é a nossa maior recompensa.
A frase continua a mesma, mas a pergunta muda de:
“Como podemos motivar as pessoas?” Para: “Como podemos ajudar as pessoas a
encontrarem, em si mesmas, a motivação necessária para um trabalho bem feito?”
Afinal, não há outro lugar onde a motivação possa estar!
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