sábado, 14 de setembro de 2013

Afinal, para quê serve o RH?

Tenho certeza que você já ouviu a expressão “RH estratégico” em 2013. Há um novo imperativo no ar, para que a área de Recursos Humanos deixe de ser uma área “soft” dentro do negócio, e passe a ser mais “estratégica”.
Os mais aguerridos vão defender Recursos Humanos com o argumento de que o RH é sempre estratégico, pois cuida de pessoas, um dos –senão o principal- ativo da organização. Isso é verdade, desde que as pessoas que trabalhem em RH saibam aproveitar a massa de informações que elas têm nas mãos para transformar processos em insights de valor para o próprio negócio.
É claro que ainda existem empresas e departamentos de Recursos Humanos que operam como os velhos “departamentos pessoais”, sendo operacionais e pouquíssimo envolvidos na estratégia do negócio como um todo. Outras áreas de Recursos Humanos, entretanto, já fazem muito bem a lição de casa: estão envolvidas com os objetivos da organização, e trabalham ativamente para o seu cumprimento, tornando-se fundamentais na estratégia, com seu apoio no alinhamento das metas corporativas às metas individuais de cada colaborador, na busca e retenção de talentos, diminuição do turnover, engajamento na cultura organizacional, entre outros.

Infelizmente, mesmo quem faz bem a lição de casa muitas vezes falha em um aspecto crucial: a entrega de resultados. Você já deve ter visto algum gestor de RH que, mesmo à frente de um bom trabalho, tem dificuldade em mensurar seus resultados para a organização. E aqui não estamos falando somente de entregar uma taxa menor de turnover, ou aumentar o número de profissionais em programas de desenvolvimento de novos talentos, etc. Estamos falando daquilo que realmente faz a diferença, que é mostrar o quanto a intervenção do RH contribui para o crescimento do negócio.
Estou certo de que o leitor, agora, deve ter se lembrado daquelas intricadas discussões sobre o famoso ROI (return on investment) sobre o RH e que, certamente, se tornaram o pesadelo para muitos gestores dado a intangibilidade de muitas ações do RH. Mas nem sempre é necessário uma fórmula extremamente complexa para se chegar aos resultados, de fato. O que é preciso é o apoio das novas tecnologias voltadas para gestão de RH.
Já existem no mercado inúmeras ferramentas tecnológicas para gestão de funcionários, que podem medir desde a sua produtividade, até a aderência das equipes aos valores e comportamentos desejados. E mais: é possível até mesmo ver se um determinado comportamento estimulado na organização realmente faz a diferença na hora de entregar o resultado, por exemplo. Você conhece seus empregados? Quais são os comportamentos mais recorrentes entre as suas pessoas de alto desempenho? Qual é o nível de engajamento dos seus empregados? Qual é o nível de alinhamento dos profissionais às metas estabelecidas para a corporação? As pessoas certas estão no lugar certo? Ao responder as dúvidas existenciais do RH de forma assertiva, a área de Recursos Humanos consegue traçar estratégias para transformar a organização a partir do seu recurso mais caro, as pessoas.
Não é raro ouvir profissionais de Recursos Humanos dizerem que a maior parte desta tarefa cabe ao gestor do grupo – engajar, alinhar à cultura organizacional, desenvolver. É óbvio que o chefe faz muita diferença, mas é claro que a estratégia deve ser definida pela área de Recursos Humanos. E isso, o RH só consegue fazer se tiver informações suficientes para construir uma fotografia exata do time – em que a visão do gestor seja, inclusive, uma parte dessa imagem.
Portanto, para que o RH seja realmente estratégico, um ponto fundamental é reduzir a subjetividade da coleta e análise das informações. Neste ponto, a tecnologia pode trazer grande valor à área de Recursos Humanos: coleta de informações de forma estruturada e coordenada, reduzindo a subjetividade das visões individuais do business partner, do gestor da área, dos pares etc. Com uma visão mais clara da organização, as decisões estratégicas tornam-se mais assertivas e efetivas.
Na verdade, este é um ótimo momento para o RH: as tecnologias avançaram e trouxeram novos recursos que ajudam a viabilizar uma real contribuição desta área para a organização.

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