segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

A falibilidade das pessoas

Muito se tem falado e escrito sobre a melhoria da Qualidade e da Competitividade. Mas pouco tem sido mencionado sobre o gerenciamento dos erros, das falhas e dos desperdícios generalizados ocorridos nas empresas, como consequência de suas inúmeras atividades. São fatos que ocorrem em todas as ações empresariais, sejam em atividades administrativas, de operações, dos processos ou de planejamentos estabelecidos, gerando alto custo e perda da competitividade.

Isto tem sido verificado nos segmentos industriais, comerciais, governamentais e pasmem até nas organizações religiosas. Gostaria de chamar a atenção dos leitores, principalmente dos nossos empresários, para o foco central de toda esta problemática que vem comprometendo e colocando em risco a sobrevivência de muitas organizações.

Tratarei aqui de uma visão holística dos comportamentos das pessoas e suas influências nos erros, falhas e desperdícios que, muitas vezes, colocam empresas em situações de um verdadeiro colapso administrativo. Ter uma visão sistêmica dos fatos geradores de um caos que "bate à porta", poderá ser a tábua de salvação para muitas organizações que pretendem melhorar a Qualidade e a Competitividade de seus produtos e serviços. Passar por uma renovação no modo de enfrentar este conjunto de situações é urgente por parte de nossos empresários.

Primeiramente, vamos fazer algumas perguntas de grande interesse no esclarecimento deste assunto:

Afinal, por que erros, falhas e desperdícios ocorrem com tanta frequência? O ser humano por natureza é falível e não confiável? Seria possível melhorar a Qualidade e a Competitividade de uma empresa, sem eliminar ou diminuir os erros, as falhas e os desperdícios tanto das operações quanto como dos processos, das atitudes, das decisões e dos planejamentos? Enfim, é possível apresentar melhoras expressivas em todas as áreas de atuação do ser humano?

Pesquisas apontam que o custo advindo dos erros, das falhas e dos desperdícios compromete a sobrevivência de inúmeras organizações em todo o mundo. Precisamos salientar que as consequências atingem principalmente as pequenas e as médias empresas. Afinal, o que podemos fazer para eliminar ou diminuir os reflexos de uma situação tão negativa e presente no âmbito corporativo? Como dotar nossos empresários de ferramentas e mecanismos para enfrentar estes fatores dilaceram as empresas?
Tendo como principal variável a personalidade do ser humano, temos visto por experiência que cinco fatores básicos podem ser trabalhados preventivamente, para prevenir e evitar esse quadro problemático.

Primeiro Fator - O Potencial Mental. Para que uma atividade seja realizada com expressiva Qualidade e Competitividade, é necessário que o executor tenha o potencial mental, indispensável ao exercício daquela função.

Segundo Fator - A Motivação Incorreta. Conhecer e alinhar os comportamentos das pessoas com a missão e os valores da empresa. Trabalhar os talentos, para que esses se mantenham distantes de comportamentos indesejáveis em suas concepções, seus valores, suas atitudes, seus interesses ou em suas culturas poderá evitar a evidência constante das falhas e dos desperdícios nas atividades laborais.

Terceiro Fator - A Aptidão. Milhares de situações são provocadas por pessoas colocadas para trabalhar em funções que não se adequam aos seus perfis. Assim, qualificar melhor as pessoas para as suas funções poderá ser um grande diferencial na diminuição das falhas nas atividades.

Quarto Fator - A Falta da Informação Correta. A melhoria da Qualidade e da Competitividade, em qualquer atividade, passa sem a menor sombra de dúvida pela melhora das informações necessárias à perfeita execução das tarefas. Milhares de equívocos ocorrem nas empresas por falta das informações corretas que nunca estão ao alcance das pessoas.

Quinto Fator - A Falta do Conhecimento. Por não ter o devido conhecimento de suas funções dos profissionais são levados a cometerem erros diários. Aqui destaca-se o domínio de competências técnicas e comportamentais. Além disso, em muitas empresas as pessoas desconhecem o que as empresas esperam delas.


Concluindo, podemos verificar que a melhoria da Qualidade e da Competitividade nas nossas empresas passa expressivamente pela educação das pessoas. Investir mais nos treinamentos comportamentais para educar o ser humano é fundamental para a eliminação e a diminuição de fatos errôneos. Portanto, a melhoria da confiabilidade do ser humano passa inexoravelmente pelos treinamentos, preparando o colaborador para que ele desenvolva suas funções corretamente ou, no mínimo, com uma margem de falhas inexpressiva.

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