Muito se tem falado e escrito sobre a melhoria da Qualidade
e da Competitividade. Mas pouco tem sido mencionado sobre o gerenciamento dos
erros, das falhas e dos desperdícios generalizados ocorridos nas empresas, como
consequência de suas inúmeras atividades. São fatos que ocorrem em todas as
ações empresariais, sejam em atividades administrativas, de operações, dos
processos ou de planejamentos estabelecidos, gerando alto custo e perda da
competitividade.
Isto tem sido verificado nos segmentos industriais,
comerciais, governamentais e pasmem até nas organizações religiosas. Gostaria de chamar a atenção dos leitores, principalmente dos nossos
empresários, para o foco central de toda esta problemática que vem
comprometendo e colocando em risco a sobrevivência de muitas organizações.
Tratarei aqui de uma visão holística dos comportamentos das
pessoas e suas influências nos erros, falhas e desperdícios que, muitas vezes,
colocam empresas em situações de um verdadeiro colapso administrativo. Ter uma
visão sistêmica dos fatos geradores de um caos que "bate à porta",
poderá ser a tábua de salvação para muitas organizações que pretendem melhorar
a Qualidade e a Competitividade de seus produtos e serviços. Passar por uma
renovação no modo de enfrentar este conjunto de situações é urgente por parte
de nossos empresários.
Primeiramente, vamos fazer algumas perguntas de grande
interesse no esclarecimento deste assunto:
Afinal, por que erros, falhas e desperdícios ocorrem com
tanta frequência? O ser humano por natureza é falível e não confiável? Seria
possível melhorar a Qualidade e a Competitividade de uma empresa, sem eliminar
ou diminuir os erros, as falhas e os desperdícios tanto das operações quanto
como dos processos, das atitudes, das decisões e dos planejamentos? Enfim, é
possível apresentar melhoras expressivas em todas as áreas de atuação do ser
humano?
Pesquisas apontam que o custo advindo dos erros, das falhas
e dos desperdícios compromete a sobrevivência de inúmeras organizações em todo
o mundo. Precisamos salientar que as consequências atingem principalmente as
pequenas e as médias empresas. Afinal, o que podemos fazer para eliminar ou
diminuir os reflexos de uma situação tão negativa e presente no âmbito
corporativo? Como dotar nossos empresários de ferramentas e mecanismos para
enfrentar estes fatores dilaceram as empresas?
Tendo como principal variável a personalidade do ser humano,
temos visto por experiência que cinco fatores básicos podem ser trabalhados
preventivamente, para prevenir e evitar esse quadro problemático.
Primeiro Fator - O Potencial Mental. Para que uma atividade
seja realizada com expressiva Qualidade e Competitividade, é necessário que o
executor tenha o potencial mental, indispensável ao exercício daquela função.
Segundo Fator - A Motivação Incorreta. Conhecer e alinhar os
comportamentos das pessoas com a missão e os valores da empresa. Trabalhar os
talentos, para que esses se mantenham distantes de comportamentos indesejáveis em
suas concepções, seus valores, suas atitudes, seus interesses ou em suas
culturas poderá evitar a evidência constante das falhas e dos desperdícios nas
atividades laborais.
Terceiro Fator - A Aptidão. Milhares de situações são
provocadas por pessoas colocadas para trabalhar em funções que não se adequam
aos seus perfis. Assim, qualificar melhor as pessoas para as suas funções
poderá ser um grande diferencial na diminuição das falhas nas atividades.
Quarto Fator - A Falta da Informação Correta. A melhoria da
Qualidade e da Competitividade, em qualquer atividade, passa sem a menor sombra
de dúvida pela melhora das informações necessárias à perfeita execução das
tarefas. Milhares de equívocos ocorrem nas empresas por falta das informações
corretas que nunca estão ao alcance das pessoas.
Quinto Fator - A Falta do Conhecimento. Por não ter o devido
conhecimento de suas funções dos profissionais são levados a cometerem erros
diários. Aqui destaca-se o domínio de competências técnicas e comportamentais.
Além disso, em muitas empresas as pessoas desconhecem o que as empresas esperam
delas.
Concluindo, podemos verificar que a melhoria da Qualidade e
da Competitividade nas nossas empresas passa expressivamente pela educação das
pessoas. Investir mais nos treinamentos comportamentais para educar o ser
humano é fundamental para a eliminação e a diminuição de fatos errôneos.
Portanto, a melhoria da confiabilidade do ser humano passa inexoravelmente
pelos treinamentos, preparando o colaborador para que ele desenvolva suas
funções corretamente ou, no mínimo, com uma margem de falhas inexpressiva.
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